II Conferência da Mulher Advogada – Painel aborda perspectivas e desafios para Jovem Advogada

O atual cenário e as mudanças impostas no mercado de trabalho contemplaram o 12º painel da II Conferência da Mulher Advogada de Rondônia. Presidindo o painel, a vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada da Subseção de Ariquemes, Catiane Malta, conduziu o tema, ao dar destaque à necessidade de inclusão da mulher nos espaços de poder. […]

O atual cenário e as mudanças impostas no mercado de trabalho contemplaram o 12º painel da II Conferência da Mulher Advogada de Rondônia. Presidindo o painel, a vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada da Subseção de Ariquemes, Catiane Malta, conduziu o tema, ao dar destaque à necessidade de inclusão da mulher nos espaços de poder.

A presidente da Comissão Nacional da Advocacia Jovem, Amanda Magalhães, pontuou os principais desafios em início de carreira e destacou que o primeiro deles é não ter noção do que é a profissão ao sair da faculdade, e a primeira grande dificuldade é a quantidade de profissionais presentes no mercado de trabalho. Porém, a palestrante pontuou que existe espaço para todos, pois o advogado é resolvedor de problemas e pode encontrar uma forma de se encaixar. “No começo da carreira, eu aproveitava o meu tempo assistindo audiências e me fazendo conhecer nos fóruns, além de buscar sempre conhecimento jurídico. Então é necessário estudar acima de tudo, trabalhar três vezes mais e estar presente nesses espaços onde as outras autoridades estão. A pessoa precisa reforçar a sua identidade”. Dentre outras situações desafiadoras, Amanda Magalhães, conclamou os profissionais a não desistirem e contarem com a Ordem na atuação.

Marta Salib, conselheira seccional da OABRO, falou sobre empregabilidade e empoderamento da jovem advocacia e destacou que muitas mulheres em início de carreira ainda sofrem dificuldades. Na posição de jovens advogadas, ainda é preciso conciliar as adversidades intrínsecas ao início de carreira com o sentimento de insegurança proveniente de empregadores, clientes e do próprio mercado profissional, muito em razão da idade e da fragilidade atrelada – de forma muito equivocada – à figura feminina. “É necessário que comprovemos através da demonstração de conhecimento, atitude, comprometimento, segurança e seriedade que a capacidade profissional não tem gênero ou critério etário”. Para ela, o empoderamento é criar oportunidades de ações para fortalecer as mulheres e incentivá-las a ocupar seus espaços.

A debatedora do painel, conselheira seccional da OABRO, Claudia Fidelis, parabenizou as palestrantes e questionou sobre os caminhos para a mudança dessas realidades vividas pelas mulheres jovens advogadas. Amanda Magalhães enalteceu a vitória da OAB Jovem com a quebra da cláusula de barreiras nesse sentido e destacou a necessidade de estimular a participação da voz feminina em todos os temas jurídicos e não apenas aqueles de gênero. A segunda palestrante, Claudia Fidelis, perguntou sobre a paridade da OAB. Marta Salib frisou que ainda é necessária uma visão para a mulher como alguém tão capacitada quanto os homens, para que essa participação não demonstre ser um favor e sim um lugar ao qual ela conquistou.