A advogada Renilda Oliveira, recém-eleita presidente da subseção de Vilhena, tem uma trajetória de superação e dedicação à advocacia que a moldaram como uma líder respeitada na região. Natural do Paraná, ela chegou a Rondônia ainda jovem, enfrentando os desafios de uma realidade simples e, muitas vezes, adversa.
Renilda compartilhou sua jornada pessoal e profissional até conquistar a presidência da subseção, destacando seu amor pela profissão e seu compromisso em fortalecer a classe em Vilhena.
1. Fale um pouco sobre sua trajetória pessoal e profissional até chegar à presidência da subseção.
Sou paranaense e vim para Rondônia em 1983, aos 4 anos de idade. Minha família e eu fomos viver em Machadinho do Oeste, quando tudo lá ainda era mata. Meus pais são analfabetos, e a cultura em minha casa era de trabalhar desde muito cedo, enquanto o estudo não era prioridade. Sempre sonhei em ser advogada, mas os caminhos da vida me afastaram desse sonho por um tempo. Só consegui ingressar na faculdade de Direito aos 30 anos, já com três filhos pequenos para cuidar e trabalhando como vendedora de móveis e eletrodomésticos.
Enfrentei muitas dificuldades durante o curso, mas o desejo de vencer sempre foi maior. Passei no exame da OAB no oitavo período da faculdade. Para mim, advogar não é apenas uma profissão; é uma missão. Por isso, acredito que Deus tem me feito prosperar nessa profissão que tanto amo.
2. O que a motivou a se candidatar à presidência da subseção da OAB?
O amor pela advocacia é o principal motivo. Esse sentimento arde fortemente em meu coração. Também me sinto motivada pelo desejo de servir à advocacia e contribuir com meus colegas.
Participei da campanha passada e perdi por 13 votos. Inicialmente, nesta última eleição, estava decidida a não concorrer novamente, mas o chamado foi mais forte. Acreditei que, junto com minha equipe, poderia fazer um grande trabalho. Desta vez, conseguimos vencer, e fomos eleitos.
3. Para você, qual é a importância de liderar a advocacia local?
A liderança na advocacia local é uma oportunidade única de fazer a diferença na vida de mais de 500 colegas. Não consigo mudar o mundo, mas acredito que posso tornar a OAB de Vilhena um espaço melhor para todos.
4. Quais são as principais metas da sua gestão para os próximos três anos?
-Despertar o sentimento de pertencimento na advocacia local;
-Defender as prerrogativas com todas as forças;
-Fortalecer a classe em Vilhena;
-Incentivar e preparar a jovem advocacia;
-Recuperar, mesmo que minimamente, o prestígio da advocacia perante a sociedade;
-Implementar projetos sociais voltados aos principais problemas da sociedade vilhenense.
5. A advocacia local enfrenta desafios específicos. Quais são os principais desafios que sua subseção enfrenta e como você pretende enfrentá-los?
Distanciamento dos advogados em relação à OAB: Pretendo envolvê-los por meio de projetos como a mentoria cruzada e a Comissão de Integração, que desenvolverá atividades específicas para aproximar os colegas da Ordem.
Violação de prerrogativas não denunciadas: Quero despertar nos colegas o senso de coletividade, destacando que a violação de prerrogativas deve ser enfrentada pela OAB como instituição, e não de forma individual.
Comissões não atuantes: Faremos um planejamento anual para projetos e eventos, além de reuniões periódicas entre a diretoria e as comissões.
6. Como você planeja fortalecer a relação entre a advocacia da subseção e o Judiciário local?
Pretendo visitar as autoridades locais no início do ano para me colocar à disposição e firmar um compromisso de respeito mútuo. Vamos monitorar situações que possam impactar negativamente a convivência entre a advocacia e o Judiciário.
7. Quais ações serão priorizadas para defender as prerrogativas dos advogados e advogadas?
Criação de uma comissão de defesa de prerrogativas forte e atuante.
Estímulo à denúncia de violações de prerrogativas.
Visitas às principais instituições onde há relatos de violações.
8. Como será trabalhada a integração entre os advogados da subseção e a Seccional da OAB Rondônia?
Contaremos com o apoio da diretoria da Seccional, incentivos da CAARO para a advocacia local e a participação ativa da ESA.
9. Quem compõe a diretoria da sua gestão?
Nossa diretoria é formada por advogados militantes que compartilham dos mesmos princípios e ideias. Todos foram convidados pessoalmente por mim para integrarmos a chapa.
10. Existem comissões ou grupos de trabalho que serão fortalecidos ou criados? Quais os principais objetivos deles?
Comissão de Integração: Promover projetos voltados à aproximação dos advogados com a OAB.
Comissão de Arte e Cultura: Oferecer momentos de lazer, crescimento cultural e confraternização para os advogados e suas famílias.
Comissão de Defesa do Consumidor: Apoiar a advocacia consumerista e atuar em demandas sociais de interesse dos consumidores locais.
Comissão Universitária: Preparar jovens advogados durante o curso de Direito, fortalecendo a advocacia desde cedo.
11. Qual mensagem você gostaria de transmitir aos advogados e advogadas que integram a subseção?
A OAB somos todos nós. A subseção é a nossa casa, o espaço onde juntos construiremos uma advocacia mais forte e valorizada. Individualmente somos fracos, mas juntos somos imbatíveis.
Peço aos colegas que venham conosco para trilhar uma linda jornada de 3 anos, guiados pela fé em Deus e pela esperança de dias melhores. Vamos honrar a advocacia e transformar a subseção de Vilhena em uma referência de união, trabalho e transformação.
12. Como os advogados locais podem contribuir para que a gestão alcance seus objetivos?
Participando ativamente dos projetos, acreditando na OAB e reportando violações de prerrogativas para que possamos atuar como instituição.
13. De que forma a advocacia pode esperar mudanças e melhorias na subseção durante sua gestão?
Haverá muito trabalho em favor da advocacia local, com apoio constante da diretoria. Vamos construir uma OAB representativa e humanizada para todos.
